Entranhas...
Queria ter o dom de dizer o que sinto
Mesmo que não soubesse escrever
Talvez o alívio viesse de imediato
E eu não multiplicasse a dor
Não guardaria um nó na garganta...
a descer entalado por dentro do peito
Queria ter o dom de ferir
Ao invés de guardar toda dor
Não são sentimentos que me invadem,
são temporais e terremotos que abalam estranhamente só a mim
Soterra-me sobre pedras enormes de dor
E quando começo a escrever...
o resgate começa...
e cada frase escrita é uma pedra enorme,
que se vai
Até que depois do poema pronto,
eu me levanto inteira...
volto, refaço-me e vou.
Queria ter o dom de dizer o que sinto
Mesmo que não soubesse escrever
Talvez o alívio viesse de imediato
E eu não multiplicasse a dor
Não guardaria um nó na garganta...
a descer entalado por dentro do peito
Queria ter o dom de ferir
Ao invés de guardar toda dor
Não são sentimentos que me invadem,
são temporais e terremotos que abalam estranhamente só a mim
Soterra-me sobre pedras enormes de dor
E quando começo a escrever...
o resgate começa...
e cada frase escrita é uma pedra enorme,
que se vai
Até que depois do poema pronto,
eu me levanto inteira...
volto, refaço-me e vou.