Divagações
O céu vestindo-se de gris,
O vento fazendo ranger o velho portão de madeira
E eu chorando como as nuvens, cujas lágrimas acariciavam levemente minha janela.
A meu lado uma mesinha, sustentando uma caneca de chocolate quente, um abajur e um bom livro aberto.
Temporais de lembranças e sentimentos golpeando minha mente
Meu pensamento viaja triste e as divagações, novamente, tomam conta de mim.
Será que nada nesse mundo vale a pena,
Já que chegará o dia em que tudo o que vivemos e sentimos será enterrado e esquecido conosco?
Será que as pessoas se amam verdadeiramente,
Que quando estão sozinhas pensam umas nas outras?
Seria a vida um mero passatempo de uma força superior qualquer
Que se encontrava entediada e decidira se divertir, fazendo da Terra sua maquete e de nós suas marionetes?
Seria tal força o destino, esse moleque travesso que costuma aprontar com as pessoas?
Será que um dia haverá respostas para tantas perguntas?
O chocolate antes quente esfriara,
Os pensamentos agora desfaziam-se enquanto minha mente luta, em vão, para me trazer de volta à realidade.
Termino meu chocolate, fecho o livro, apago as luzes e vou deitar-me...
Divagando!