poema disperso

Poema disperso

São horas vazias.

Ânsias sem fim.

Espaços perdidos.

Passos dispersos.

Forças que cessam.

Campos vazios.

Sonhos tormentosos.

Despertares penosos.

Lágrimas vividas.

Credos sem fé.

Lutas insanas.

Esperanças vãs.

Vontades quebradas.

Terras calcadas.

Céus sombrios.

Desejos evidentes.

Fogo apagado.

Gritos sem ecos.

Olhos vedados.

Glórias sem assombro.

Dias sem rumo.

Destino sem fado.

Sorte sem ventura.

Criar sem parir.

O bem assombrado.

Jardins sem flores.

Florestas desbravadas.

Raízes sem chão.

O frio com calor.

O quente gelado.

A terra finada.

Mãos que se abrem.

Não encontram nada.

Corpos prostrados.

As almas ocultas.

O mar que se cerra.

E já não há nada.

De T, ta

Etelvina Costa

Julho de 07

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 24/07/2007
Reeditado em 07/08/2007
Código do texto: T577267
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.