poema disperso
Poema disperso
São horas vazias.
Ânsias sem fim.
Espaços perdidos.
Passos dispersos.
Forças que cessam.
Campos vazios.
Sonhos tormentosos.
Despertares penosos.
Lágrimas vividas.
Credos sem fé.
Lutas insanas.
Esperanças vãs.
Vontades quebradas.
Terras calcadas.
Céus sombrios.
Desejos evidentes.
Fogo apagado.
Gritos sem ecos.
Olhos vedados.
Glórias sem assombro.
Dias sem rumo.
Destino sem fado.
Sorte sem ventura.
Criar sem parir.
O bem assombrado.
Jardins sem flores.
Florestas desbravadas.
Raízes sem chão.
O frio com calor.
O quente gelado.
A terra finada.
Mãos que se abrem.
Não encontram nada.
Corpos prostrados.
As almas ocultas.
O mar que se cerra.
E já não há nada.
De T, ta
Etelvina Costa
Julho de 07