Cura?
Trago nas mãos empalidecidas um lápis para contornar as rimas sem métricas,
O vazio do papel convoca-me a rabiscar um verso, não sei se é triste, ou de riso largo quer inundar. Somente sei, que por ele, deixo-me levar...
Trago nos lábios, palavras ás vezes doces, suaves e macias, ás vezes do fel permito-me experimentar.
Não há beleza maior, do que o encanto que trago no olhar...
Um olhar de inocente criança, e de sapequice a saltitar. Não vejo mal algum, ás vezes desafiar. Sou pedra lapidada no tempo, rio que desagua no mar. Sou mera fagulha de esperança trazida no peito, não dispenso a alvura dos luares, descanso nas floridas sombras de um Manacá.
Sou menina pequena, no palco da vida abre-se um cenário a rabiscar, um verso sem borda, intenso, no papel a divagar. A poesia faz-se um vício, que não pretendo me curar.
Águida Hettwer
24/09/2016
Trago nas mãos empalidecidas um lápis para contornar as rimas sem métricas,
O vazio do papel convoca-me a rabiscar um verso, não sei se é triste, ou de riso largo quer inundar. Somente sei, que por ele, deixo-me levar...
Trago nos lábios, palavras ás vezes doces, suaves e macias, ás vezes do fel permito-me experimentar.
Não há beleza maior, do que o encanto que trago no olhar...
Um olhar de inocente criança, e de sapequice a saltitar. Não vejo mal algum, ás vezes desafiar. Sou pedra lapidada no tempo, rio que desagua no mar. Sou mera fagulha de esperança trazida no peito, não dispenso a alvura dos luares, descanso nas floridas sombras de um Manacá.
Sou menina pequena, no palco da vida abre-se um cenário a rabiscar, um verso sem borda, intenso, no papel a divagar. A poesia faz-se um vício, que não pretendo me curar.
Águida Hettwer
24/09/2016