DOIS MUNDOS
Há dois mundos na nossa vida,
este, agora, palpável, em que escrevo estes versos
e o outro, imaginário, presente nos nossos sonhos...
Nenhum dos dois devem ser elegados.
banir o primeiro, seria uma incoerência,
o mesmo que negarmos a verdade...
e quanto ao segundo, seria abjurarmos
o nosso direito de sonhar...
Um completa o outro...
O mundo dos nossos sonhos que alimenta
os devaneios, as quimeras, as nossas fantasia,
atributos que afastam de nós a apatia
e nos faz viver em expectativas,
sem o infesto fatalismo...
A beleza, a esperança, o otimismo,
são a porta de entrada, na nossa vida,
para a imaginação
e para os nossos sonhos.
Esse mundo díspar,
essa vida de alternâncias e de contradições,
que dominam os nossos pensamentos,
que misturam realidade e fantasia,
é o mundo belo das expectativas,
em que devemos viver...
Nele, são gerados os nossos sentimentos
só factíveis de serem expressos, na poesia.
Brasília, 19 de agosto de 2006
Tarcísio Ribeiro Costa