ENTRELINHAS

Não sei se vai me entender,

Se vai conseguir me escutar.

Preciso expressar o meu conhecer,

Falar do que pude notar.

Por onde queria saber,

Que ruas posso andar?

Pois si for para aumentar seu sofrer,

Fico na cama esperando o sono voltar.

Tem coisas que quero dizer,

Vou tentar de algum jeito narrar.

Talvez o acaso venha interceder,

Auxiliar o apresentar.

Pronto vou correr!

Já há tarde para enfeitar.

Agora pega de longe o medo,

Essa espinha que fez-me engasgar.

Entalou-me dentro do ser,

Tão perdido que parou para pensar:

Será que vai doer?

É cabível Eu contar?

Mas que chato como não fui perceber,

A hora passa o tempo não pode parar.

Demorei ou cansei,

Sabia do risco de falhar ao gesticular.

ADRIANA ANDRADE
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 07/09/2016
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