Bloqueio Mental
Páginas longas em Branco
Escapando do tiro flanco
Oh como eu gostaria
Oh como eu queria
Contornar teus lábios
Vendo seus olhos sábios.
A caneta está sem tinta
O papel já passou dos trinta
Caminhos mal pintados
Passos muito calados
A caneta nova contornou
Mas na perfeição
Não ficou.
Suas grandes curvas
Muitíssimo, turvas
A Boemia do Beijo
Esperando o momento
Apreciado, pão e queijo
Esperando o convento
Nos dias de desleixos.
queria completar as páginas
Mas essa caneta imperfeita
Não me deixa
me resta a queixa
De um bloqueio mental
Maior que o continental
Para escrever para ti
Em um sonho monumental.