EM CIMA DO MORRO

Me sinto tão diminuída,

Minha altura não serve pra nada.

Como se eu tivesse em cima de um morro,

Sem pão, café e água.

Agora chega em mim a falência,

Já ouso o som da terra declinar,

Ela está se aguachando,

E eu não sei onde segurar.

Papai ti peço ajuda,

Estou tentando sua mão tatear.

Se demoro é por causa do medo,

Ele mandou meus olhos fechar.

Se vou de um lado para o outro,

Fica difícil as lágrimas prender.

Desculpa se encharco,

Suas raízes com meu sofrer.

Talvez fosse mas estável,

Se confessa-se no meu ouvido a situação.

Que ia se abaixando apressadamente,

Para o mais rápido possível me por no chão.

ADRIANA ANDRADE
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 02/09/2016
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