Semblante de uma flor

A flor murcha com as desilusões da vida
Ou pela mão do tempo
Consolando seu fim pelas mãos do poeta 
Uma mão consoladora

Não tires os espinhos da flor cheirosa
Por seus enamorados encantos
Dores que adormecem pela serena voz 
Que afronta a tormenta com seu rugido

Folha amarelada e seca
Atirada ao chão nos dias de outono
Alguem irá acolhê-la?
Para um conforto de vida ou paz intima


Terás por deveras uma alma aflita
Por vez algumas ilusões 
Caindo sua última, amarelada e seca folha