Homenagem a Manuel de Barros

Ao Poeta Pantaneiro

O Poeta já cantou

Toda a sua incompletude

Sua vida renovou

No caminho da virtude.

Eu tenho em mim também

Um atraso de nascença

Nunca vou muito além

Apesar da benquerença.

Eu também sou aparelhada

Pra gostar da natureza

Ela é a minha amada

Por sua imensa beleza.

Borboletas sei amar

Pela luta que empenharam

Meu quintal é o meu lar

Meus sonhos nele ficaram.

Já morei em meu abismo

Mas guardei no peito o amor.

Com as fraquezas nunca cismo

A vida me dá vigor.

Eu não sei fotografar

O silêncio que adoro

Mas quero fotografar

A existência em que moro.

Nos pensamentos meus,

A vida é sempre assim

Vejo o perfume de Deus

Nas flores do meu jardim.

Lindita
Enviado por Lindita em 26/08/2016
Reeditado em 01/09/2016
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