SOU A TEMPESTADE
Sou a tempestade
A tempestade que rasga de céu a terra
E que desenterra,
Côncavos de transmutação...
Jamais em vão,
Recôncavos de sinceridade,
Do universo,
Trago a prosperidade,
Deixo na estrofe rasa do verso
Um pouco da sua liberdade...
Pois assim em verdade
A lei divina é cumprida
E nos versos é sucumbida
Pela fadiga,
Da tempestade
Que traz em forma de mar
Sua humilde capacidade
De transformar,
De ser o açoite,
Tenaz e afoite
De dia e de noite,
O clarão na imensidão.
Na verdade,
Na verdade sou eu poeta
Com seleta e discreta
Vocabulação...
In "POESIA" (Palavra é arte), 2016.
Sivaldo Souza"