cartas ao viver

venho hoje a ti escrever,

o simples e talvez vil,

caminho do que e viver,

pelo tal que me deixou senil.

viver e estar a padecer,

por caminhos do mero ser,

pois e como caminhar uma serra,

demorosa violenta e incerta.

mais viver e estar a procura,

de uma felicidade profunda,

para encontro-la nao basta uma hora,

e sim a eternidade que não vem e assola.

mais para nos meros viventes,

temos que agarra-las com unhas e dentes,

para nao deixa-los escapar,

como as ondas no mar.