Moldura de chuva
Há tempo que chove
na janela do meu templo...
Golpes fatiam o ar
contemplo
Também histórias
minhas
dos olhos meus
são atiradas no vento
Misturando
choro
ao
choro
límpido do tempo
Não magoadas
[histórias]
saudosas porém
sem quererem ficar
partem também
a se molhar
Além do tamborilar
que a chuva dá
d'alma
um ranger de janela
[soa]
arma asas
para juntar ao vento
seu lamento ...
Pacientes são
as gotas da chuva
sem pressa
lavam o suor
dos sentimentos
em labuta.
*|*Poesia; minha palavra preferida*|*