Se ela me conhecesse . . .

Escrevo, na solidão da noite,

Noite fria, silenciosa e triste...

Meus pensamentos voam com destino certo...

Vão e voltam... sempre sozinhos...

Como morcegos, que voam cegamente,

Insistem, mas não encontram nada.

Nada... nem ninguém...

Seguem vagando, esperando um eco que nunca chega...

Onde estará ela a estas horas ? !

Que estará fazendo ? !

O que estará pensando ? !

Estará também sozinha ? !

Penso nela a toda hora,

Dia e noite sem parar.

Sou ignorado sem motivo,

Por mais que fale, não sou acreditado.

Se ganhasse ao menos uma chance,

Certamente mostraria quem sou...

Melhor que fosse bandido e mentiroso,

Talvez, aí sim, merecesse sua atenção !

Ah . . . se ela me conhecesse !

Apócrifo