ANJOS E ESTRELAS
Quatro anjos e cinco estrelas
Deram o toque
E a realidade parou.
O tempo deixou
As respostas em segredo
No fim da morte.
Em apelo
Descobri um gelo
- Toc toc...
Quem é...?
- Um anjo.
Angelical vocal aos prantos,
Encantos para um eremita forjado pelo ódio
Pela solidão.
Quatro anjos e cinco estrelas
Mostraram-me o transparecer da serra brumada
Pela manhã
E amanhã é diferente
Disse o presente
As flores vão murchar
O mundo vai se acabar.
Em desespero
A imaginação viu mil fins
De desastres ecológicos
A filmes de zumbis
E de novo em apelo
A ampulheta do destino
Virou-se, se desfez,
Transformou-se em desprezo...
Quatro anjos, quatro estrelas
A quinta deixou surpresas
Por não ter um anjo,
Por não voar,
Compartilhar seu encanto.
Tudo foi um breve vento
E eu atento
Ouvi seu chorar,
A estrela caiu resplandecente,
Diante do meu olhar.
In "POESIA" (Palavra é arte), 2016.
Sivaldo Souza"