Desafogo

Transbordo em mim

no limite do que aguenta o peito

tolero o aperto

do que parece não ter fim.

Me afogando por dentro

um tanto seca por fora.

Os olhos já não transmitem no centro

as lágrimas querem ir embora.

A válvula de escape foi selada,

o fluxo já não satisfaz.

Uma espera parada,

até que me encontre capaz.

Meu corpo é um estojo,

que tudo guarda,

aos poucos se arma,

se prepara para o desafogo.

Lívia Helena Rodrigues
Enviado por Lívia Helena Rodrigues em 04/08/2016
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