Vejo no espelho a variável distante
No espelho, todos os dias,
Vejo alguém que não se parece comigo
Em nenhum sentido ou vetor.
Uma variável minha,
De alguma realidade paralela,
Aqui, se chocou.
Vejo no espelho essa variável distante diante de mim
Como se quisesse dizer algo
Que eu não sei
Ou finjo não saber.
No copo cheio
Desta mesa solitária,
A mente vazia
Encontra refujo,
Mas esta não é a saída
De um labirinto que só fica maior
E cada vez mais fácil de se perder.
Para a porta à frente,
A chave está dentro você
E não fora.