Pessoas e Coisas
Se apanho também bato
Me imponho e combato
Se de boca foi feito o trato
Comi o que estava no prato
O que senti foi o impacto
Quando consenti o diabólico pacto
Aceitei a cor do anonimato
Caçava os meus. Capitão do mato
O que recebo também reparto
Se fico também parto
O que não tive está intacto
Reduzi-me estou compacto
Deixei de ser não me abato
O que não vou ter eu rebato
O que não sou estou inapto
O que fui perdi contato
Apagou-se valores do extrato
Pessoas e coisas são contratos
Sonhos e ideias são socráticos
Ter mais que ser é prático.
Henrique Rodrigues Soares – Canibais Urbanos