Que pena, amor...

Pena que a outra alma, não quer mais acalentar essa,

E que o tempo, implacável, às vezes até de mal humor;

Tira do peito um restinho de alegria e a dor de cabeça,

Não é maior, do que a dor mais doída, a dor do amor.

Pena que a vida nem sempre brinca de roda, e ciranda,

Só é uma poesia, quando dois mundos não combinam;

E a vida rosa, ainda não brotou, e ao cuidado manda,

Mãos, coração, pra ver perfume escondido; desatinam...

Os pensamentos, quando tudo é tão errado, e falta,

Uma palavra, um som, um quê de uma paz tão boa;

É pena vermelha que o pássaro deixou cair na mata,

Pena que a alma chora, mas não vê, só vê garoa...