COVARDIA OU MEDO
Sem coragem de dizer sobre os sentimentos e revelar a minha curiosidade sobre você,
Tento elaborar um texto para te enviar como quem não busca nada, apenas uma conversa, me aproximar,
Mas eu sou covarde, me recolho em meu quarto esperando por um milagre e salvação.
Tento distrair-me com velhas canções, mas involuntariamente eu acesso suas fotos pelo celular,
A curiosidade se alastra como fogo que não tem fim, e não há nada que faça parar de consumir,
Uma viciosa insegurança de prosseguir contrastando com a necessidade de continuar.
Eu não poderia com uma simples frase me despejar, eu precisaria explicar,
Como minha inocência me traiu e depois sem se despedir me abandonou,
O porque se tornou tão difícil acreditar, que isso não é apenas medo, eu tenho as marcas para comprovar.
Me devastaram, me tornaram deserto, mas eu me lembro das aguas das minhas nascentes,
Eu era o sorriso que acendia as noites disposto a arriscar,
Mas hoje apenas sobrevivo, tendo como lucro somente cada novo amanhecer.
Eu só queria dizer que me levaram tudo, menos o anseio de amar,
Mas estou limitado, sem armas para lutar, no meio de um tiroteio como um alvo,
Para onde correr? Eu queria ter coragem de dizer, para seus braços, onde quero recuperar a paz.
Mas não consigo ir muito longe dos meus pensamentos, eles me desarmaram,
Eu me escondi em um quarto para assistir o tempo passar,
Covardia ou medo? Um coração gritando em silêncio ambicionando recomeçar.