Súplica ao pensamento...
Suplico-te, pensamento...
Torna-me atento!
Para que nas suas armadilhas
Não encontre o intento
De cortar pela raiz
Qualquer sentimento,
Que mesmo sutil
Tenha valor e sustento.
Suplico-te, senhor de várias faces...
Que nestes enlaces
Poupe o querer puro
Ele é novo, tem futuro
Não é desses, impuros e imundos
Vivendo em corpos desnudos.
Suplico-te, pensamento...
Seja benevolente
Não maltrate tua própria morada;
Não atormente, não deixe atordoada
Voe! Mas deixe voar,
O querer em minha mente...