Sobre O você
Minha vontade era que o você não mudasse;
Não deixasse de ser quem é e se tornasse:
A Amanda, a Julia, a Luana
A Fernanda, a Lucia ou a Ana
A minha utopia
É que não mudasse por um dia
O você para quem quis escrever
O eu-lirico de minhas poesias
A minha ambição
É que fosse sempre a mesma mão
Que completasse os vãos
Da minha
Que fosse sempre o mesmo abraço
Que me levasse ao espaço
A mesma boca a me beijar
O mesmo rosto a dividir o jantar
O mesmo corpo a me esquentar
Sempre o mesmo sorriso,
A mesma voz a me gritar
Sob o mesmo teto que chamamos de lar
Como sempre, você foi embora
Como sempre, você voltou agora
Mas como sempre, já não tinha mais
O mesmo nome, rosto, corpo que outrora.