AMOR SEM MADRUGADA
Quem chora por mim as minhas dúvidas, cruéis e inexplicáveis? Madrugada a dentro entro na promiscuidade da minha alma, entre amores e paixões, nem uma ponta de certeza, de beleza.
Os sussurros da mente sufocam a razão que rasgam meus versos, desencantam minha (des)crença. Sou vida diante da morte, sou sorte desprezando o luar entre as nuvens carregadas, sou chuva seca, rio que corre para a montanha, sou o mundo de uma estrela nova.
Meus passos deixam rastros de cães vadios, não ando sobrevivendo, rastejo meus sentimentos,
quem grita meu nome na imensidão do dia, das belas roupas fúteis e fugazes?
Deixei a moda quando deixei na rua, meu espírito nú, meu coração vazio, meu futuro livre.
finalmente a morte não é mais presente, apenas na mente, passa desapercebida como convidada descartada da lista de convidados.
Salve o crédulo clemente, pedindo uns instante de fé ao ateu, seu amigo até o fim.