A INÉRCIA QUE NOS PROPOMOS
Somos cheios de protocolos, como se viver fosse um jogo de muitas regras,
Não que elas sejam em todo um mal, mas muitas delas são desnecessárias,
Geralmente aquelas que dizem respeito aos desejos.
Os dedos coçam ansiando deslizar sobre as letras do teclado para escrever um “boa noite”,
Puxar um assunto qualquer, simulando não haver qualquer interesse,
Mas o freio.... Talvez pelas regras, quem sabe por orgulho, e não excluindo o medo,
E se eu não for correspondido como tanto espero?
“E se...”, com seu efeito devastador, como um tsunami que aflige os pensamentos,
Aí sentamos olhando o relógio, e as horas escoando feito água pelo ralo,
Minuto a minuto com o ouvido cheio de expectativa, aguardando o som de uma nova mensagem,
Não que seja correto a inércia que nos propomos a permanecer,
Mas, é que já foram tantas tentativas frustradas, que tal postura até se justifica,
É mais cômodo sempre esperar que o outro dê o primeiro passo, nos sentimos seguros,
Arriscar exige demasiado esforço, é uma queda de braço contra nós mesmos,
É preciso coragem para quebrar esses protocolos, e vencer nossos próprios receios.