Pela janela
E como se vê...
O grito adoecido
de uma cidade emudecida por
seus espectros de medo e cinismo.
O juro cobrado em corpos
que tropeçam ao se deparar com alguma honra.
Deus salve a américa!
Deus salve a Bastilha!
Deus salve a madrinha!
Deus sabe que não fomos salvos
Lá vai o vendedor.
Lá vai o transeunte.
Lá se vão punhados de honra aos túmulos de sempre.
4°andar de repartição,
corações repartidos e cheios de fé,
evoluções amarrotadas em ciência e matéria fecal.
Pelo amor de quem amar.
Pelo sabor do cigarro derradeiro.
Pela janela.