<IA>D'Eus
Deus,
um ser que, em mim, sinto,
mas definir não consigo,
por ser assim indefinível nem mesmo ouso entender;
se dele nada entendo também não tento explicar...
Fecho os olhos e não ouço o mundo,
tento a mim mesmo ouvir...
pra não ter que tolher meus sonhos,
pra não ter que podar minhas asas...
Aceito o que vem da raiz,
sigo as paixões e seus mistérios,
vivo o amor sem martírios
à luz das inquietações...
Pecados e profanações
vão às margens dos meus delírios;
e as rejeições de impérios
me elegem, de mim, juiz ...