Devaneio
Sou o que crê e clama da noite escura,
Novo sonho que me embale nesta vida,
Onde a negra tristeza se estenda,
Dando lugar a uma renovada alegria,
Fechada a desgraçada solidão,
Onde vivi sem ter a minha razão,
Pecador das horas incertas,
Vivente dos prazeres humanos,
Homem frágil e inconsciente,
Que da carne fez seu vício,
Ó sentir, ó Clemente, livra-me de novo,
De um mar de gente, que me seduz
E meu nome chama...