E andava só...
Cantando lá, um si e um dó
Poetando cá, um mi e um pó
Estrelas de um céu distante
Sombra de único caminhante
Pedras marcando os desgastes
Subidas, dúvidas, e resgates
De sonhos esquecidos na noite
Marcando em profundos cortes
Ajustes precisos, lágrimas tristes
Tempo parado, o coração resiste
Assiste esperançoso, mas tão firme
Não rega mais dor de amor sublime
Sorri, às vezes ri, não conjuga verbo
Brincar é alegria infantil, e vira verso
Nos olhos risonhos de Ana, tão Clara
Tão joia, menina de uma ternura rara
Não brinco, foi e é sério, os mistérios
Foram todos dele, e se foram com ele
Entre pulsações, tentações, inspirações
Na poesia que vai, vem e faz companhia.