Noel

É estranho, mais nunca acreditei nele

Nunca acreditei que meus presentes viessem dele

Tantas histórias eu já ouvir falar sobre ele

O "bom velhinho" foi o apelido utilizado

E vestido de vermelho foi caracterizado

Nas entregas dos presentes, organizado

Noel, parte do Polo Norte no dia 25

Tome cuidado, amarre bem o seu cinto

Pareço gostar dele, mas minto

Afinal, não creio neste mito

E possuo liberdade para falar, não é um delito.

Como poderias entrar em minha casa?

Não possui chaminé, talvez tenha asa?!

Minha mãe nunca me iludiu com essas histórias

Minha nossa, vejo agora, ilusórias

Mas entendo, as crianças do meu tempo, simplórias

Ah, aquela época, tantas boas memórias

Talvez no mundo atual,

Ele receba tudo virtual

Já não tem mais aquele ritual

Árvore enfeitada, a família agitada

Os gritos da garotada

Os tempos mudam, pois é

Não posso fazer nada, né?!

A ceia era algo fenomenal de se ver

Gostaria desta cena reviver

Lembro dela agora, enquanto estou a escrever

A última que tive, lá fora estava a chover

Minha mãe me dizendo para eu descer

Já íamos comer, estava a anoitecer

Por que devemos crescer?

"Devemos amadurecer, florescer!"

2005, me lembro bem deste ano

Eu tinha muitos e muitos planos

Noel não estava dentre eles, claro

Ser um "bom garoto" não fui, declaro

Mas fui, e sou, um filho presente

Então de você Noel, não sou carente!