1988
O deus cuja justiça não se encerra,
Querendo dar presente em tom afoito
Mandou seu maior bem para esta terra,
No dia vinte e seis de oitenta e oito.
Mas como aqui na terra não há anjo
Que possa se enxergar. Oh, dura sina!
Cabeu a deus modificar o arcanjo,
E a disfarçá-lo em corpo de menina.
Nasceu, então, a irrefutável bela,
Com dons da sapiência, amor e gana
Com alma de um bom anjo esta donzela,
Mas corpo delicado de uma humana.
Assim a mãe querendo dar um nome
Ao anjo que nasceu na terra bela
Pediu ajuda a lua que não some
Nem quando o sol ditoso assume a tela.
A lua, então, falou bem la distante :
"A fim de que esta terra não se esqueça,
O nome devera ser diamante,
Por isso a chamaremos de ... Vanessa" .