NORMAL, COMO QUALQUER MORTAL...

Não costumo chorar

pelo leite derramado,

nem pelo que não vivi.

Minha vida,

construo hoje e agora.

O que passou, passou.

E o leite que derramou,

dele sorvi o necessário

no momento exato.

Não faltou nem sobrou.

Claro que as experiências

vividas são importantes.

Mas ficar remoendo,

chorando e se lamentando

não leva a nada.

Sou responsável

pelas minhas escolhas,

mesmo que algumas

não tenham sido

as mais adequadas.

Faltou-me audácia nesse

ou naquele momento?

Falou mais alto a acomodação?

Não me culpo

e não fico me descabelando.

Sou apenas um ser humano,

não tenho presunção de perfeição.

Tive fatalidades na vida.

Quem não as teve?

Perdi amores,

perdi pessoas.

perdi emprego,

segurança,

mas não perdi

meus ideais.

Estes, os conservo

intactos.

Sou o que sou,

sem neuras,

sem complicações

nem frescuras.

Simples e direta,

objetiva e prática.

Normal,

como qualquer mortal.