Necrópole dos Vagalumes
Vejo vagalumes brilhando na lua
E os que não brilham também
Entre numes a olhar as almas cruas.
Mas vejo como eles perdem o brilho
Brilho esse que não é da morte
Que já não tem suporte
Que outrora criança, hoje andarilho.
Elas brincam de não ter lar
De vender as abreviações
da vida. Do pó estelar
Até onde o pó um dia se tornar.
Vejo vagalumes queimando na rua
E os que já se foram também
Tornando uma sombra que perpetua.