Necrópole dos Vagalumes

Vejo vagalumes brilhando na lua

E os que não brilham também

Entre numes a olhar as almas cruas.

Mas vejo como eles perdem o brilho

Brilho esse que não é da morte

Que já não tem suporte

Que outrora criança, hoje andarilho.

Elas brincam de não ter lar

De vender as abreviações

da vida. Do pó estelar

Até onde o pó um dia se tornar.

Vejo vagalumes queimando na rua

E os que já se foram também

Tornando uma sombra que perpetua.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 07/06/2016
Código do texto: T5659700
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