Tédio

Apagam-se as horas

Das luzes estáticas do brilho

do sorriso que parecia ligado

Ao céu da boca ao cérebro

onde o firmamento intacto

Acorda e recorda do pacto

de investir tempo no conhecer

do anoitecer ao amanhecer

Seja para rimar ou entreter

(Essa vida de redomas e prédios.)

Mas que não fique morto

aconteça na grama ou no porto

O tempo supenso

Eu mesmo dispenso

Distender o nada

É colocar a estrada

Acima dos próprios pés

como um caminho em ré

Qual não serve nem de acorde.

(Ao menos teríamos o som do tédio.)

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 29/05/2016
Código do texto: T5650603
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.