Tédio
Apagam-se as horas
Das luzes estáticas do brilho
do sorriso que parecia ligado
Ao céu da boca ao cérebro
onde o firmamento intacto
Acorda e recorda do pacto
de investir tempo no conhecer
do anoitecer ao amanhecer
Seja para rimar ou entreter
(Essa vida de redomas e prédios.)
Mas que não fique morto
aconteça na grama ou no porto
O tempo supenso
Eu mesmo dispenso
Distender o nada
É colocar a estrada
Acima dos próprios pés
como um caminho em ré
Qual não serve nem de acorde.
(Ao menos teríamos o som do tédio.)