Noites Estranhas
Corriam noites estranhas na corregedoria
de lucidez remota, como se fossem de luz
Cada um carregava um fardo de ouvidoria
Eram as almas em serviço ao fardo da cruz.
Como se fosse uma da manhã havia frio
no anfiteatro da legislação de sentimentos
Em cada crisálida, um sinal de um anúncio
tão vazio quanto um mendigo sem alimentos.
E quanto mais gélida a verdade se tornava
Mas a claridade se afastava da realidade
Éramos a ilusão abduzida da fidalga justiça.
Tempo em que de sombra a alma lhe ornava
no colegiado da intermitência da felicidade
Que a vida se alimentou de torpor e preguiça.