Noites Estranhas

Corriam noites estranhas na corregedoria

de lucidez remota, como se fossem de luz

Cada um carregava um fardo de ouvidoria

Eram as almas em serviço ao fardo da cruz.

Como se fosse uma da manhã havia frio

no anfiteatro da legislação de sentimentos

Em cada crisálida, um sinal de um anúncio

tão vazio quanto um mendigo sem alimentos.

E quanto mais gélida a verdade se tornava

Mas a claridade se afastava da realidade

Éramos a ilusão abduzida da fidalga justiça.

Tempo em que de sombra a alma lhe ornava

no colegiado da intermitência da felicidade

Que a vida se alimentou de torpor e preguiça.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 26/05/2016
Código do texto: T5647367
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