SOLTO NO AR

Baldes mais estridentes

Que as falcatruas das serpentes

Que tocaiam com envenenamento total.

O dinheiro virou capim.

A poeira se levantou

Aquele belo jardim

Nada mais dele ficou.

A quase pequena sugestão

De nada mais valia,

Apenas relâmpagos e trovões

Era o que o corpo sentia.

O corpo virou uma tremedeira só

O corpo era pura tremedeira

Na garganta parecia ter um grande nó

E um tristeza invadindo a alma a vida inteira.

O som era uma merda total

O ferro comia solto no ar

Aproxima-se do carnaval

Mas o amor não estava no ar.

Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 13 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto 2 do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 26/05/2016
Código do texto: T5647352
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