SOLTO NO AR
Baldes mais estridentes
Que as falcatruas das serpentes
Que tocaiam com envenenamento total.
O dinheiro virou capim.
A poeira se levantou
Aquele belo jardim
Nada mais dele ficou.
A quase pequena sugestão
De nada mais valia,
Apenas relâmpagos e trovões
Era o que o corpo sentia.
O corpo virou uma tremedeira só
O corpo era pura tremedeira
Na garganta parecia ter um grande nó
E um tristeza invadindo a alma a vida inteira.
O som era uma merda total
O ferro comia solto no ar
Aproxima-se do carnaval
Mas o amor não estava no ar.
Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 13 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto 2 do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.