O SENTIDO DA VIDA

A última doçura foi há algum tempo.

Auroras imobilizadas em sol nascente

Ficaram em tempos idos.

O conteúdo histórico ficou naquele lugar

E os montes resplandecem em outro pulsar.

A correspondência dos sentidos parece absoluta

Em cada movimento friamente calculado

Por entre paredes que escutam como ninguém.

Aquela tranquilidade de outrora fora trocada

Por outra um tanto diferente e a transfiguração

Do tempo presente parece ser última

Lembrança da doçura que ficou no passado...

A rosa sem perfume, sem cor, sem espinhos,

Parece desabrochar como vento de tornado,

Mas há uma vaga lembrança de como

Quase tudo começou nesse conteúdo

Histórico tão holístico, tão singular,

Tão plural, tão efêmero, tão alvo,

De todos projetarem grandes palpites.

Os horizontes se abrem.

Outras portas e janelas se fecham.

Nunca se consegue tudo de uma vez.

A conquista deve durar a vida inteira.

Senão, a vida não teria sentido.

Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 13 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto 2 do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína - UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis - MT.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 26/05/2016
Código do texto: T5647334
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