Livre
A monotonia é a ferida
Na alma daqueles que são livres
A liberdade não combina com rotina
Não combina com mesmice
Aqueles cujo espírito é livre
Merecem mais, porque eles transcendem
E não uma vida cinza
Composta de restos e migalhas
E moscas de padaria
Os livres merecem os ventos e não as janelas
Merecem o riso solto
E o choro livre
Merecem o sol
Pois brilham
E o frescor das sombras
Pois são as águas que correm
E refrescam a vida
Os livres merecem a melhor parte
Dos dias frios e dos dias de verão
Pois os livres
Os verdadeiros livres
Merecem aquilo que são
Charlene Angelim