Embrulho.

Cessam-se desta vez as lágrimas

por talvez flagrarem um cansaço anormal.

Viúvas, não sozinhas.

Paradeiro destas digitais.

Suor, embaraço e mutação.

Simplesmente não foi chuva, só sinal, só ruído.

Valente, dormindo.

Que perdi?

O bocejar da borboleta?

Maria piscando os olhos?

Foi como descrever o embrulho do presente.

O embrulho que dá na barriga?

A tortura que foi ver-te se indo de mim?

Ou o alívio que foi descobrir que mim* não existia

e que não foi tortura?

Mirela Lourdes
Enviado por Mirela Lourdes em 24/05/2016
Reeditado em 24/05/2016
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