Para todo o sempre?
Fotografias de esquecimento...
As horas silenciam cada sorriso,
as horas enterram cada abraço,
noites de açoites, glória decaída,
fumaça que apressa a palidez das carnes,
sem tempo, sem pena, sem nada.
Fotografias de entretenimento...
Fiéis à saudade, choramos o que necessita ser prevenido,
corrigimos o que nosso ego adora criar,
somos reza, templo, atemporais,
evolução de araque que habita
cavernas de caos,
cães sanguinários que ousam
jurar algo de bom em altares e camas.
Por tal falar,
outras faces restarão em retratos,
outras vidas emolduradas,
outros gritos sufocados na maciez de
mãos que são ligeiras em matar e escrever a História.
Quem nos declarará?
Para todo o sempre?