O Esconderijo da Eternidade
Desde cedo soube a harpia
Que a eternidade se dissolve
Entre os encantos naturais
E os desencontros fulgurais.
E ela está no nascer do Sol
Até quando ele se apaga
Onde a lua surge e propaga
O festival das luzes celestes.
Os extremos quase malditos
Dentre os alaridos profanos
Nas alacridades e nos danos
No subconsciente dos gritos.
É a somatização das células
A pulverização das moléculas
Na complexidade da certeza
O esconderijo da eternidade
Está em metáforas da sutileza.