PELO DIREITO DE SER

Concedam-me o direito,
De ser eu vezes eu inquietamente,
Perfeitamente imperfeito,
Poeticamente do meu jeito.
De ser louco enquanto sou,
De ouvir meu rock and roll,
De amar eloquentemente.
Concedam-me o direito,
De seguir os meus preceitos,
A minha originalidade,
De não viver segundo os conceitos,
Da capitalista sociedade,
De olhar as nuvens na imensidade,
Irresponsáveis, fugidias,
De pensar que eu sou uma delas,
Passageira da ventania.
Sim! concedam-me a liberdade,
De infiltrar-me nas aquarelas,
Trajar-me das tuas múltiplas cores,
De inventar a felicidade,
Tê-la no recôndito do espírito,
Lançar versos sonhadores,
E dizer para mim mesmo; eu existo.