DESFECHO
Não se arraste nego
Pros laços da contramão
Nem queira chegar à beira
Duma obscura solidão
Sem tolice não derrame
Sua fama sobre o chão
Saia da gandaia nego
Das tulhas da escuridão
Nem esbulhe seu sossego
Nos confins duma ilusão
Saia da tocaia nego
Sem magoar seu coração
Na raia dum mar de lamas
Sua emoção não passará
E o desfecho deste enredo
Ninguém há de contestar...
Autor: Valter Pio dos Santos
17/Mai/2016