Inevitável
A noite suspira mistérios ao ouvido do menino...
Horas passam,
deuses passam,
ouro e pó aos pés de quem ama,
sendas de fumaça e carne alugada.
O menino duvida,
o menino desenha,
extemporâneos milagres sobre terra...
Toma emprestado a parede nua para se encostar.
Aurora desvirginada suspira o óbvio aos ouvidos do menino:
Sê homem, pois és infiel.
Sê homem, pois és semelhança.
Sê homem, pois a terra necessita de ti.
E quer sangue.