AO SOM DE DYLAN
Divagas entre as sombras, na penumbra
Sentado, silencioso e solitário
Olhando para os céus da noite que deslumbra
'Quem sabe conta estrelas
Ou pensa ouvi-las
Recitando poesias
Ao som de Bob Dylan?'
Enquanto mansamente se balança ao vento
A relva altaneiro sob o firmamento
Repete os movimentos
Em pura sintonia...
Da caixinha de segredos no mármore de teu peito
Retiras um verso de saudade e de esperanças
Numa expressão de dor
Tu espalhas sobre o chão
Os teus pequenos cacos de sentimentos
Na relva, os estilhaços viram poesias
Que brilham como as estrelas lá do céu...
Eu vejo toda essa sutil alquimia
Em traços fáceis nesta tela vazia
Mesclando tua essência em meu pincel
Recrio a imagem priscada em minha retina
Enquanto Dylan canta
E a humanidade dorme...
By Nina Costa em 01/04/2016