Sem fim,sem começo...
No meio de tanta gente,
Olhos de gente, inocente.
No meio de tantas vidas
Rios que se vão, vertentes.
No meio de "tantos", rumos.
No meio da poesia,grumos.
Coagulado no peito,
Ainda no meio,sem jeito
Grita um amor,sumo.
Altar, de horas sagradas
Vigílias,intercaladas
No meio, dos dias...
No meio,das horas vazias.
Sou do meio,por natureza
Mas,a vida me fez passageira
Não tenho lugar, cativo.
Sou do livro,o meio.
Sou do capítulo...
O terceiro.
Não tenho fim,
Nem começo...
Ando,no meio da vida.
Não sou pedra,no caminho.
Apenas,"caminho".