Nos Braços da Discórdia

Nos braços da discórdia morre a paz

Não há amplificadores para sua voz

Nos traços da mixórdia que a ira traz

Não se vive só de dor na tristeza atroz.

Não há nenhum abraço que conforta

No silêncio o peso que dói é o do vazio

Não há uma praça que a alma aporta

Na pretensão pacífica de evitar o frio.

Não se sente mais o calor nas mãos

Na justificativa incipiente da lágrima

Não se mente pelo temor dos senãos

Na perspectiva atinente a pantomima.

Na esfera ativa do desembestamento

Nossos nós se desatam na estupidez

Na atmosfera reativa deste tormento

Nos vemos sós neste mar de escassez.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 09/05/2016
Código do texto: T5630044
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.