Nos Braços da Discórdia
Nos braços da discórdia morre a paz
Não há amplificadores para sua voz
Nos traços da mixórdia que a ira traz
Não se vive só de dor na tristeza atroz.
Não há nenhum abraço que conforta
No silêncio o peso que dói é o do vazio
Não há uma praça que a alma aporta
Na pretensão pacífica de evitar o frio.
Não se sente mais o calor nas mãos
Na justificativa incipiente da lágrima
Não se mente pelo temor dos senãos
Na perspectiva atinente a pantomima.
Na esfera ativa do desembestamento
Nossos nós se desatam na estupidez
Na atmosfera reativa deste tormento
Nos vemos sós neste mar de escassez.