Alheio

O corpo reclama,

saudade sacana,

recado dos lábios,

mistério dos lábios,

a hora é imprudente.

O corpo reclama...

Violão solitário,

verso solitário,

abraço premeditado,

banquete de desejos,

indagações bestas em doses de torpor.

O mundo gira na crueldade de seus anseios,

umas bocas gemem impropérios

pela consolidação dos governos e do caos,

cabeças pensantes pintam as "caras" por não saber o que pensar

e o poeta, alheio,

deseja apenas falar de amor

envolto no amor de tua voz, moça.

A terra reclama:

Crescei e multiplicai.

A propósito, poesia.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 04/05/2016
Código do texto: T5624850
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