A Serenidade
A aterradora verdade diante da face
No mundo que colide no inevitável
As importâncias são frias. O impasse.
Não há realidade dum passar afável.
Falamos em contemplar momento
Balbuciando a novela da impaciência
Somos só espasmódicos pensamentos
Querendo ser teorias de uma ciência.
O mais importante da vida não se diz
É uma constante perspicaz de ensaio
Observe ao redor - o que sempre quis
O universo além do seu próprio raio.
Tanta força bruta, tanta inteligência
Tudo é só a observação irrepreensível
Pois, mesmo na presença ou ausência
O mais valioso mantém-se invisível.