Compasso De Um Tempo
Compasso De Um Tempo
No encontro sombrio das coxias
Palavras frias e gestos sincronizados.
A música acompanha o monólogo
Blues na encruzilhada da raiz...
Compreendo que minha embriaguez
Era muito mais a falta, covarde
Da sensatez... O olho do furacão.
Som grave do trovão
Tempestade no mar de palavras solta
Emoção tímida nas noites perdidas.
Atua na mente a enlevação
Sentimentos que necessitam
Fecundar momentos únicos.
Destino é sonho bobo de menino
Somos grandes e capazes
Fortes e arrojados na vontade do Ser...
Apaga-se as luzes da ribalta
Sem aplausos, apenas a sua falta.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano