CÓLERA

A fúria expressada na voz

Contraria a mente sadia

D’um ente que medita a sós

Sob a sombra d’uma noite vazia

No silêncio, à luz de um cigarro

Um trago... outro trago com a solidão

E no momento que desata o amarro

Assim escreve o poeta outra desilusão

“Sobre as pedras que se vê no caminho

D’uma estreita estrada sem chão

Onde o vento vazio não move moinho

Escasso é o trigo aos olhos d'um cão

Quão os imos das íris serão precipícios

Aos relentos de um tempo que faz

Os rebentos que retratam indícios

Moverem a ira, d’um homem sagaz!”

Autor: Valter Pio dos Santos

28/Abr/2016

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 29/04/2016
Reeditado em 09/06/2016
Código do texto: T5620041
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